
O Apple Event setembro 2025 foi mais do que uma vitrine anual: marcou o maior salto de portfólio do iPhone em anos (novo iPhone Air e 17 Pro redesenhado), consolidou Apple Intelligence no cotidiano e levou recursos de saúde do Watch para um patamar ambicioso (hipertensão). Abaixo, o que foi lançado e nossa análise, prós, contras e expectativas.
Apple Event setembro 2025: destaques rápidos
- AirPods Pro 3: ANC “em nível de over‑ear”, +2x vs. gen. anterior; novo ajuste com ponteira de 5 tamanhos, IP57 e 8 h por carga. Novidades de IA: Live Translation nos fones e batimentos/cálorias com novo sensor e workouts só com AirPods.
- Apple Watch Series 11: vidro mais resistente, 5G nativo, 24 h de bateria e alertas de hipertensão (mediante aprovação regulatória) + Sleep Score.
- Apple Watch SE 3: agora com Always‑On, chip S10, 5G, temperatura e fast charging.
- Apple Watch Ultra 3: satélite para SOS/Mensagens/Find My, maior tela, 42 h de bateria e 5G; titânio reciclado.
- iPhone 17: tela 6,3″ com ProMotion 120 Hz e Always‑On, brilho 3.000 nits, Ceramic Shield 2; A19 com ganhos para Apple Intelligence; câmeras 48 MP (principal + Ultra‑Wide 48 MP) e nova frontal Center Stage.
- iPhone Air (5,6 mm): titânio, Ceramic Shield 2 frente e verso, A19 Pro, Wi‑Fi 7/Bluetooth 6/Thread via chip N1, modem C1X mais eficiente, eSIM‑only global e novo Dual Capture.
- iPhone 17 Pro/Pro Max: unibody em alumínio com câmara de vapor, A19 Pro com aceleradores neurais no GPU, melhor autonomia; trio 48 MP com Tele 4x/100 mm e 8x/200 mm (óptica de qualidade), ProRes RAW e Genlock.
AirPods Pro 3 — áudio melhor e recursos “de gente grande”
O que mudou: nova arquitetura acústica com palco mais largo e graves mais limpos, ANC até 2× melhor (e 4× vs. Pro de 1ª gen.), ponteiras em 5 tamanhos, proteção IP57 e 8 h de carga. Live Translation roda com Apple Intelligence e há medição de FC/calorias só com os AirPods (e integração Fitness/Fitness+).
Nossa leitura: o salto de ANC e o ajuste mais estável resolvem as queixas clássicas dos Pro. Live Translation nos fones é diferencial de uso real em viagem e trabalho. Ponto de atenção: impacto legal de “hearing features” varia por país; e a precisão de calorias sem Watch deve ser vista como estimativa.
Apple Watch Series 11 e Ultra 3 — mais conectados, mais ambiciosos
Series 11: estreia 5G no pulso, vidro com revestimento cerâmico mais duro e bateria de 24 h. Os alertas de hipertensão analisam a resposta vascular em janelas de 30 dias; Sleep Score combina duração, regularidade e estágios do sono.
Ultra 3: tela maior e mais legível em ângulos, satélite embutido (SOS, Mensagens e Find My em países compatíveis), 42 h de bateria e novo mostrador Waypoint.
Nossa leitura: 5G e satélite fazem sentido para esportes/outdoor e quem quer “independência” do iPhone. Hipertensão é promissora, mas exige uso contínuo e validação clínica local, trate como triagem, não diagnóstico.
iPhone 17 — ProMotion para todos e câmeras mais flexíveis
O que mudou: a linha “não‑Pro” ganha ProMotion 120 Hz e Always‑On com brilho de 3.000 nits. O A19 acelera recursos de Apple Intelligence. Câmeras: 48 MP na principal, 2x de qualidade óptica por recorte do sensor e Ultra‑Wide 48 MP (macro melhor). Na frente, o Center Stage usa um sensor quadrado maior para enquadrar/estabilizar selfies e vídeos sem girar o aparelho.
Nossa leitura: a Apple finalmente corrige a assimetria de fluidez entre modelos. O sensor frontal quadrado é uma ideia simples e poderosa para criadores.
iPhone Air — o iPhone mais fino já feito (e o mais eficiente)
O que é: corpo de 5,6 mm em titânio, Ceramic Shield 2 nos dois lados e grande foco em eficiência: A19 Pro com novos aceleradores neurais no GPU, chip N1 (Wi‑Fi 7/BT 6/Thread) e modem C1X mais rápido e econômico. A Apple faz o eSIM‑only global para ganhar espaço de bateria. Câmera Fusion 48 MP com 2x de qualidade óptica e Dual Capture (frontal + traseira).
Prós: design diferenciado, durabilidade melhor que o esperado (Ceramic Shield atrás), peso/espessura que mudam a experiência de uso, acessórios pensados para o formato (MagSafe Battery “raso”).
Contras: eSIM‑only ainda é dor de cabeça em viagens a mercados menos atendidos; chassi ultrafino tende a limitar picos térmicos (vamos observar em jogos/edição pesada).
Nossa leitura: é o iPhone para quem prioriza portabilidade sem abrir mão de performance pró. Se a autonomia “no mundo real” confirmar a promessa, vira o mais desejado da linha.
iPhone 17 Pro/Pro Max — novo unibody e salto pró de câmera/vídeo
O que mudou: chassi unibody de alumínio com câmara de vapor (sustentação de performance +40% vs. 16 Pro, segundo a Apple), A19 Pro com cache maior e GPU com aceleradores neurais, Ceramic Shield também no verso e bateria recorde no Pro Max.
Câmeras: 48 MP em todas (Wide/Ultra/Tele). O novo Tele 4x (100 mm) e o 8x (200 mm) ampliam alcance mantendo “qualidade óptica” via Fusion e Photonic Engine; zoom digital até 40x. Em vídeo, chegam ProRes RAW e Genlock (sincronismo para multicâmeras e streaming).
Nossa leitura: é o pacote mais consistente já visto em iPhone para criadores e equipes: alcance real de tele, pipeline RAW “de cinema” no bolso e melhor sustentação térmica.
Brasil: o que checar antes de comprar
- eSIM‑only (iPhone Air/17 Pro): confirme planos e portabilidade com sua operadora; para viagem, avalie eSIM internacional.
- 5G no Watch: suporte das operadoras e preços de linha adicional.
- Satélite (Ultra 3): disponibilidade por país/região.
- Hipertensão/Sleep Score: liberação regulatória e tradução local da Health app.
- Trade‑in e preços BR: ofertas da Apple Brasil costumam divergir das dos EUA.
O que esperar (curto e médio prazo)
- Apple Intelligence: ampliação de recursos visuais/assistivos em iOS 26.x e macOS, com mais modelos on‑device.
- Cenário de apps pró: ProRes RAW/Genlock devem puxar ecossistema de câmeras e apps de edição/streaming; veremos mais acessórios de estúdio para iPhone.
- Wearables: métricas de hipertensão e Sleep Score devem guiar parcerias clínicas e estudos locais, acompanhe a chegada no Brasil.
O que fica do evento
O Apple Event setembro 2025 entrega mudanças que sentimos no uso diário: ProMotion chega ao iPhone “de entrada”, o iPhone Air redefine portabilidade sem parecer “lite”, e os Pro viram ferramentas mais sérias de criação. No pulso, Watch fica mais autônomo (5G/satélite) e ambicioso em saúde; nos ouvidos, AirPods Pro 3 elevam ANC e ganham tradução ao vivo. É um ano em que a Apple ajusta fundamentos e aposta na IA local e isso costuma envelhecer bem.