Galaxy S26 mais caro: o que encarece e quanto no Brasil

A Samsung confirmou que a família Galaxy S26 chegará mais cara que a geração anterior. O pacote de IA on‑device, a NPU maior, possíveis saltos de memória base e ajustes de câmbio/impostos formam um combo que pressiona a BOM (custo de materiais) e a tabela no varejo brasileiro.

Para o leitor do Brasil, a pergunta não é apenas “subiu”: é quanto pode subir aqui, o que você ganha de verdade com a nova geração e quem deveria (ou não) fazer upgrade.

O que encarece no S26

A peça‑chave é a IA on‑device. Modelos de geração, transcrição e recursos de assistente exigem uma NPU mais parruda, com área de silício maior e custo alto por wafer. Na prática, isso puxa junto uma memória mais rápida e, muitas vezes, maior capacidade base para não estrangular os recursos de IA. Some a isso módulos de câmeras mais modernos, sensores maiores/ISP avançado e o ciclo natural de câmbio, frete e impostos no Brasil, e a planilha fecha no azul para cima.

Quanto pode subir no Brasil (estimativa)

Não há tabela oficial brasileira ainda, mas dá para projetar faixas usando o S24 como base:

  • Cenário conservador: +5% a +8% sobre os preços de lançamento do S24/S24+/Ultra, se o dólar ficar estável e não houver salto grande de memória base.
  • Cenário provável: +8% a +12% com reforço de NPU e memória inicial superior (ex.: partir de 12 GB/256 GB no modelo principal).
  • Cenário esticado: +12% a +15% se a Samsung elevar agressivamente câmera/armazenamento base e o câmbio piorar no trimestre de lançamento.
  • Essa conta considera política histórica da marca no país, variação de IOF/logística e a estratégia de preço‑âncora para segurar valor percebido do Galaxy Ultra.

O que você ganha de verdade

O salto não é só de preço. A promessa inclui IA on‑device com respostas rápidas offline/low‑latency, melhorias de câmera (noite/zoom/recorte com modelos generativos), autonomia otimizada por perfis de IA e ciclo de suporte de software estendido. Para quem cria, atende ou estuda no telefone, a redução de latência e a privacidade local podem justificar parte do custo.

Para quem vale e para quem não vale

Vale para quem está no S21/S22/S23 básicos, sente falta de bateria/câmera e quer os recursos de IA nativos sem depender de nuvem. Também faz sentido para quem usa o telefone como ferramenta de trabalho (ditado, transcrição, resumo, edição rápida) e aproveita trade‑in.

Não vale, por ora, para quem já tem S24/S24+ em bom estado. O ganho incremental pode não pagar a diferença no lançamento. Nesses casos, espere 60–90 dias para estabilização de preço/promos.

Como pagar menos (estratégias práticas)

  • Use trade‑in oficial (aparelho anterior + bônus de troca) e guarde cupons da pré‑venda.
  • Compare planos de operadoras com subsídio (cuidado com fidelização).
  • Avalie parcelamento sem juros em varejo parceiro nos primeiros 30 dias.
  • Importação direta raramente compensa em topo de linha: risco de garantia, tributação e suporte.

Veredito

A alta do Galaxy S26 não é surpresa, é o preço de empacotar IA on‑device de verdade em escala. Se você vem de gerações anteriores ou precisa dos novos recursos produtivos, faz sentido entrar na pré‑venda com trade‑in. Se você já está no S24 (especialmente o Ultra), o melhor movimento é esperar o ciclo de promoções e revisar se a IA local muda mesmo o seu dia a dia.

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