iPhone Air é fino demais? Review completo e veredito

iPhone Air é o iPhone mais fino e leve já feito (5,64 mm; 165 g), sem abrir mão do A19 Pro e de uma tela Super Retina XDR 6,5″ com ProMotion 120 Hz. A Apple reorganizou o interior, criou um “platô” para câmeras e conexões, e empurrou o resto do corpo para bateria. O resultado é um smartphone que impressiona na mão e inaugura um novo caminho para o iPhone em 2025, mas com concessões explícitas em áudio, câmeras e recarga/porta. Este review é, com base em documentação oficial e testes práticos.

Tabela de especificações

ItemDetalhes
TelaOLED 6,5"; 2736×1260; ProMotion 1–120 Hz; HDR; 3.000 nits outdoor/1.600 HDR/1.000 típico; anti‑reflexo
ChipsetA19 Pro; GPU 5 núcleos; Neural Engine 16 núcleos; ray tracing por hardware
RAM/Armazenamento12GB/ 256GB; 512GB; 1TB
Câmeras traseiras48 MP principal (26 mm, f/1.6, OIS por sensor); 2x por recorte (12 MP)
Câmera frontal18 MP com AF; Center Stage
Bateria/RecargaAté 27 h de vídeo; 50% em 30 min (20 W no cabo); MagSafe/Qi2 até 20 W
ConectividadeDual eSIM (sem SIM físico); C1X (5G sub‑6); Wi‑Fi 7; Bluetooth 6; Thread; UWB 2ª geração; USB‑C (USB 2.0)
Dimensões/Peso156,2 × 74,7 × 5,64 mm; 165 g
Proteções/ExtrasIP68 (6 m/30 min); Action Button; Controle da Câmera; SOS/Assistência via satélite
DisponibilidadeVer preço atualizado

Design e ergonomia: o iPhone que some no bolso, mas não some das marcas

Design ultrafino com estrutura de titânio e frente/traseira em Ceramic Shield 2 prioriza leveza e rigidez. O novo platô concentra lógica, câmeras e conectores, liberando espaço para bateria no restante do corpo. Pelas dimensões/peso e relatos de campo, a usabilidade tende a ser muito confortável, o acabamento espelhado do titânio pega marcas de dedo com facilidade, e a traseira lisa pede capinha para evitar micro riscos. Durabilidade acima do esperado para algo tão fino graças à rigidez do titânio.

Tela e áudio: legibilidade exemplar, som perde corpo

Tela OLED 6,5″ (2736×1260; 460 ppi) com ProMotion até 120 Hz, HDR10/Dolby Vision e revestimento anti‑reflexo. Ao sol, o ganho de legibilidade é nítido graças aos 3.000 nits de pico outdoor e menor reflexo. Cores seguem consistentes no padrão Apple, o controle de taxa é automático (1–120 Hz). O ponto fraco está no áudio: para ganhar bateria, a Apple eliminou o alto‑falante inferior, resta um único speaker no topo. Ele soa limpo, mas menos alto e com graves tímidos, na horizontal, o som vem de um lado só e, se você cobrir a saída sem querer, a experiência degrada. Para vídeos curtos e chamadas, para jogos e filmes, fones são quase obrigatórios.

(Jargão rápido: PWM/flicker é a modulação usada para escurecer OLED. Pessoas sensíveis podem sentir desconforto em brilhos baixos; usar a tela com mais brilho reduz a percepção.)

Desempenho e temperatura: “Pro” de bolso, mas sem câmara de vapor

A19 Pro com GPU de 5 núcleos empurra o iOS 26 com folga e lida bem com edição de vídeo 4K Dolby Vision e jogos pesados. O ponto é a sustentação: o Air não tem câmara de vapor e é muito fino, então esquenta mais rápido em tarefas prolongadas, especialmente abaixo do platô de câmeras. Isso leva a queda de desempenho perceptível após 10–20 minutos em jogos no máximo ou em exportações longas. Para o uso comum (apps, câmera, social), continua veloz, para quem faz sessões maratonas, o termal limita antes do chip.

Bateria e recarga: eficiência boa, capacidade limitada

A Apple informa até 27 h de vídeo (local) e 22 h streaming. Em cenários equivalentes e projeções conservadoras, usuários moderados devem concluir um dia típico com alguma sobra, em picos (GPS, CarPlay sem fio, câmera e jogo), o consumo sobe em “dentes de serra”. A recarga via USB‑C chega a 50% em 30 min com 20 W, no MagSafe/Qi2, o teto é 20 W. É suficiente para rotinas leves, mas não é o iPhone para “desencanar de tomada” em perfis pesados.

Câmeras: uma boa principal, e só

O sistema Fusion 48 MP (26 mm, f/1.6, OIS por sensor) entrega fotos coerentes e com bom alcance dinâmico. O zoom 2x usa recorte de 12 MP com qualidade ok em boa luz. Não há ultrawide nem tele: acima de 5x, a imagem degrada, macro dedicada também não existe. À noite, a AEB/Photonic Engine segura ruído e cor, mas texturas finas ficam mais “limpas” do que gostaríamos. A selfie 18 MP com AF e Center Stage é um salto: mais ângulo, foco certeiro e vídeo estável. Para quem fotografa de forma casual e prioriza a câmera principal, o conjunto atende, para quem precisa de versatilidade, vai faltar lente.

Software e recursos: iOS 26 e Apple Intelligence em ondas

iOS 26 estreia visual mais leve (ícones maiores, transparências) e integra a Apple Intelligence em recursos do sistema e apps. A disponibilidade de alguns recursos varia por idioma/região e chegará em etapas no Brasil. O Action Button e o Controle da Câmera são atalhos úteis para abrir modos e funções sem destravar menus.

Conectividade e extras: eSIM‑only, C1X e USB 2.0

O Air é dual eSIM no mundo todo (sem bandeja física). Traz o modem C1X (5G sub‑6; sem mmWave), N1 para Wi‑Fi 7, Bluetooth 6, Thread e UWB de 2ª geração. O USB‑C limita‑se a USB 2 (480 Mb/s): para quem transfere muito vídeo/foto via cabo, é um gargalo claro. De resto, há IP68, SOS/Assistência via satélite (disponibilidade por operadora), NFC para Apple Pay e ecossistema completo.

O que acerta e o que incomoda (opinião)

O iPhone Air é uma peça de engenharia carismática: conforto, legibilidade ao sol e peso viram argumentos fortes. Mas o pacote cobra pedágio: som mono, câmera única e USB 2.0 são cortes que você sente, e o térmico limita antes do que o chip aguentaria. Como primeiro passo de um iPhone finíssimo (e, possivelmente, de caminhos dobráveis no futuro), é uma execução convincente, desde que você aceite as trocas.

Prós e Contras

Prós:

  • Corpo ultrafino (5,64 mm) e 165 g: conforto real no bolso e na mão.
  • Tela 6,5″ com anti‑reflexo e 3.000 nits de pico: leitura fácil ao sol.
  • A19 Pro garante fluidez no dia a dia e em edição de vídeo 4K.
  • Dual eSIM, Wi‑Fi 7, UWB 2ª geração: pacote moderno e longevo.
  • Durabilidade surpreendente para algo tão fino; estrutura de titânio passa confiança.

Contras:

  • Som mono (sem alto‑falante inferior) e graves tímidos.
  • Câmera única: sem ultrawide, sem tele, sem macro dedicada; zoom útil só até ~2x/3x.
  • USB 2.0 em 2025 limita transferências; MagSafe/Qi2 a 20 W.
  • Aquecimento mais rápido em cargas longas, alguma queda de desempenho.

Para quem vale

Quem quer leveza extrema sem abrir mão do iOS e da qualidade de tela da Apple. Usuários que tiram fotos casuais com a câmera principal e priorizam conforto, design e um iPhone que some no bolso. Excelente segundo aparelho para criadores que já usam um Pro como câmera principal.

Para quem não vale

Se você depende de versatilidade de câmera (ultrawide/tele/macro), áudio alto e transferências rápidas no cabo, o Air não é para você. Para quem joga por longas sessões no máximo ou carrega muito fora de casa, a autonomia/recarga pode frustrar.

Impacto prático no Brasil: preço, disponibilidade, garantia

Vendas no Brasil com preços oficiais a partir de R$ 10.499 (256 GB) na Apple Brasil, com parcelamento e assistência autorizada. Homologado pela Anatel; modelo dual eSIM (sem SIM físico). A Apple Intelligence chega por fases no país. O “preço de rua” deve recuar após as primeiras semanas.

Veredito

O iPhone Air entrega o melhor design de bolso da Apple em anos. É o iPhone para quem valoriza conforto, elegância e legibilidade acima de tudo. Como ferramenta de criação principal, faltam lentes e sobra gargalo no USB 2.0, como smartphone de uso geral, é rápido, bonito e agradável, desde que você entre sabendo das trocas. Recomendado com ressalvas para perfis que priorizam forma sem abrir mão do essencial.

Mini‑FAQ

O iPhone Air tem alto‑falantes estéreo? Não; só um alto‑falante no topo. Para filmes/jogos, use fones.

Ele aceita chip físico? Não. É eSIM‑only, com dois eSIMs ativos e vários perfis armazenáveis.

Dá para gravar ProRes/Log? O Air foca em Dolby Vision 4K60 e recursos de estabilização; ProRes/Log ficam para a linha Pro.

Confira abaixo um vídeo do iPhone Air 

Leia também

Rolar para cima