Nokia estende acordo com HMD; celulares Nokia seguem à venda

A Nokia prorrogou o licenciamento da marca para a HMD por cerca de três anos além de 2026. Na prática, a HMD, que fabrica e distribui os aparelhos, continua vendendo celulares com a marca Nokia, sobretudo feature phones (aparelhos básicos/“tijolinhos”), segmento em que ainda há forte demanda na Índia, África e parte da América Latina.

Tradução do juridiquês: a Nokia (dona da marca e de um grande portfólio de patentes) autoriza a HMD (parceira finlandesa) a usar a marca “Nokia” em celulares simples. A renovação evita um apagão de estoque/marketing e garante continuidade de produção e assistência.

O que não está no pacote

  • Smartphones: a HMD já havia reposicionado sua estratégia para celulares HMD (marca própria) e parcerias sazonais (p. ex. Barbie Phone). A extensão do licenciamento com a Nokia foca em feature phones e não sinaliza volta de smartphones “Nokia” no curto prazo.
  • Estados Unidos: a HMD reduziu operações no mercado dos EUA em 2025. A extensão da licença não altera esse recuo, o foco permanece em regiões onde os “tijolinhos” vendem bem.

Por que isso importa

  1. Mercados emergentes ainda compram muitos aparelhos básicos para bateria longa, durabilidade e preço baixo. A marca Nokia segue forte nessa faixa.
  2. Canais e assistência não sofrem ruptura: lojas, distribuidores e varejistas mantêm portfólio e garantia sem a incerteza de uma licença prestes a vencer.
  3. Patentes & compliance: a HMD continua coberta por um guarda‑chuva de licenciamento e padrões (radiofrequência, 2G/3G/4G), reduzindo risco jurídico e atrasos de homologação.

Opinião do editor

Decisão correta para as duas empresas. A Nokia mantém receita recorrente de marca e patentes numa categoria que ainda gira milhões de unidades/ano. A HMD assegura volume e relevância de canal enquanto toca a estratégia de smartphones com a marca HMD. Para o consumidor, o efeito é simples: os Nokia “clássicos” seguem nas prateleiras, e com roadmap mais previsível.

E o Brasil?

  • Disponibilidade: o Brasil não é foco histórico de “tijolinhos” Nokia recentes, mas importadores/retail podem manter ofertas ocasionais.
  • Homologação: onde houver venda oficial, Anatel e garantia local continuam como diferenciais.
  • Para quem faz sentido: corporativos que buscam aparelho de campo (bateria/dureza), pessoas idosas ou usuários que querem um “backup phone” barato.

Contexto rápido: HMD, Nokia e patentes

  • Quem é quem: a HMD Global nasceu em 2016, herdou a operação de feature phones da Microsoft e licenciou a marca Nokia para celulares.
  • Ciclo de licenças: além da marca, a Nokia vive de licenciar patentes essenciais (3G/4G/5G) a fabricantes acordos com Apple, Samsung, Oppo, vivo e outras evitam proibições de venda e litigâncias longas.
  • Estratégia 2025: a HMD mantém smartphones próprios (linha HMD, foco em reparabilidade e custo) e Nokia concentrada em básicos, com licença estendida até próximo de 2029.

Perguntas rápidas (FAQ)

A Nokia vai voltar a fazer smartphones?
Nada indica isso por enquanto. A HMD aposta na marca própria para Android e preserva “Nokia” em feature phones.

Os “Nokia tijolinho” vão sumir?
Ao contrário — a renovação dá fôlego de vários anos para a categoria, especialmente em mercados onde o custo total de propriedade pesa mais que apps.

Vale comprar um Nokia básico em 2025?
Se você precisa de bateria longa, resistência e ligação/SMS, sim. Só confirme bandas 4G e a garantia do vendedor. Para apps e câmera, um Android de entrada ainda faz mais sentido.

Leitura final: nada de “fim da Nokia”. O que há é continuidade planejada da marca nos básicos e diversificação da HMD nos smartphones. Para quem quer um telefone simples que “não te deixa na mão”, a decisão é boa notícia.

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