
A Xiaomi pode reposicionar totalmente a linha Ultra. Vazamentos considerados confiáveis na China (Digital Chat Station) indicam que o possível Xiaomi 17 Ultra abandona a telinha traseira para abrir espaço a um módulo de câmera muito maior, incluindo um periscópio de 200 MP e um conjunto de quatro lentes voltado para zoom longo e pouca luz. Em vez de vender “conceito futurista”, a marca passaria a vender “isso aqui é uma câmera séria”.
Isso é relevante porque os últimos topos da Xiaomi usavam a tela traseira como truque visual e marketing. Agora, o foco seria foto: zoom extremo e captura noturna limpa, justamente onde hoje a Samsung (linha Ultra) domina em aproximação e a Apple domina em consistência de cor e alcance dinâmico.
Câmera acima do show visual
Segundo o vazamento, o suposto Xiaomi 17 Ultra manteria quatro câmeras traseiras, mas colocaria o destaque total em um periscópio de 200 MP. “Periscópio” é a lente que dobra a luz dentro do aparelho para entregar zoom óptico longo sem deixar o celular grosso.
Um sensor de 200 MP nesse tipo de lente permitiria duas coisas ao mesmo tempo: zoom forte com detalhe e recorte digital agressivo, e captura em baixa luz usando combinação de pixels (pixel binning). Em teoria, isso atacaria dois pontos onde rivais ainda precisam escolher: ou você tem zoom limpo de dia, ou você tem noite forte.
Adeus telinha traseira (a confirmar)
Os vazamentos dizem que esse bloco óptico de 200 MP + as outras lentes ocuparia tanto espaço físico que não sobraria lugar para a telinha traseira que a Xiaomi vinha usando como assinatura visual.
Isso muda a mensagem de produto. Sai o “olha essa tela secundária diferente”, entra “olha o nível de câmera que eu coloquei aqui”. Também reduz custo e complexidade: uma segunda tela encarece produção, dificulta vedação e pode afetar durabilidade. Se a câmera vira argumento de venda por si só, a telinha deixa de ser necessária.
Impacto para quem compra no Brasil
Se esse Xiaomi 17 Ultra realmente chegar com foco total em câmera, ele vira candidato imediato a “importado dos sonhos” de 2025/2026 para quem quer o melhor zoom e a melhor foto noturna sem esperar o próximo Galaxy Ultra ou iPhone Pro Max.
Mesmo sem venda oficial no país, a linha Ultra costuma ficar na China e em poucos mercados europeus, esses modelos acabam influenciando aqui. Eles viram referência nas comparações e pressionam Samsung e Apple a reagirem rápido em zoom óptico e captura noturna, porque ninguém quer ficar atrás em vitrine de câmera topo de linha.
O que ainda falta confirmar
Nada disso foi confirmado oficialmente pela Xiaomi: nem o sensor final do periscópio de 200 MP, nem a abertura (que define quanta luz entra), nem a estabilização óptica, nem a distância focal real.
Também não há garantia de que a telinha traseira sumiu de vez. A marca pode estar testando mais de um protótipo, um com foco total em câmera e outro mantendo a tela secundária para marketing.
Preço e disponibilidade global também seguem em aberto. A linha Ultra raramente chega ao Brasil de forma oficial, o que significa importação sem garantia local e sem assistência autorizada se essa câmera quebrar.
Por que vale acompanhar
Se os vazamentos se confirmarem, o suposto Xiaomi 17 Ultra marca uma mudança clara: parar de vender estética diferente e começar a vender câmera total.
O recado é simples: a Xiaomi quer disputar o título de melhor câmera de celular do ano usando um módulo periscópico de 200 MP e quatro lentes dedicadas a zoom e baixa luz, mesmo que isso custe sacrificar a telinha traseira. Isso coloca pressão direta em Samsung e Apple, e coloca o possível 17 Ultra como alvo imediato de quem importa celular só por causa da câmera, mesmo assumindo risco de garantia e peça de reposição no Brasil.




